4 soluções para os desafios para ampliação do acesso à saúde no Brasil Por Equipe Pixeon em 23 de janeiro de 2025 O acesso à saúde no Brasil vai além da simples oferta de serviços médicos, refletindo a capacidade de um país em garantir dignidade e qualidade de vida à população. Afinal, o acesso à saúde contribui para a redução das desigualdades, prevenção de doenças e fortalecimento do bem-estar coletivo. No entanto, a ausência de políticas eficazes e infraestrutura adequada amplia as disparidades sociais, limitando o atendimento e agravando problemas que poderiam ser evitados com medidas preventivas e inclusivas. Neste artigo, conheça os desafios e números do acesso à saúde no Brasil. Boa leitura! Acesso à saúde no Brasil em números O acesso à saúde no Brasil se refere à disponibilidade e à qualidade dos serviços de prevenção, tratamento e promoção do bem-estar, oferecidos à população por meio das redes pública e privada. Atualmente, cerca de 25% dos brasileiros — aproximadamente 50,9 milhões de pessoas — utilizam serviços privados regulamentados, enquanto a maioria depende do Sistema Único de Saúde (SUS) ou de alternativas não regulamentadas. O país investe cerca de 9,3% de seu PIB, o equivalente a R$800 bilhões, em saúde, divididos entre os setores público e privado. A relevância desse tema é evidente, já que a saúde pública foi apontada como a principal prioridade nacional para os próximos três anos, mencionada por 43% da população. Esses dados refletem a percepção de que melhorias na saúde são necessárias para reduzir desigualdades e garantir maior qualidade de vida aos brasileiros. 4 desafios do acesso à saúde no Brasil O acesso à saúde no Brasil enfrenta diversos desafios que impactam diretamente a qualidade e a acessibilidade dos serviços oferecidos à população. Apesar dos avanços proporcionados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pela rede privada, persistem barreiras que dificultam a igualdade no atendimento. A seguir, destacamos quatro dos principais obstáculos que limitam a ampliação do acesso à saúde no país. 1. Demanda excessiva e atrasos no atendimento de exames A superlotação do SUS resulta em uma grande demanda por exames laboratoriais, muitas vezes com longos períodos de espera. Esse atraso compromete a agilidade na obtenção de resultados, prejudicando a precisão dos diagnósticos e o tratamento oportuno dos pacientes, afetando diretamente os profissionais de análises clínicas. Para se ter uma ideia da demanda elevada, até junho de 2024, 77.243 mulheres aguardavam por uma mamografia no SUS, evidenciando a necessidade de ampliação da oferta desse exame essencial para a saúde feminina. Já em relação aos transplantes, no primeiro semestre de 2024 o Brasil registrou um recorde de 14.352 procedimentos realizados. Apesar desse avanço, mais de 44.503 pacientes permanecem na lista de espera por um órgão. Algumas iniciativas foram desenvolvidas para solucionar este desafio. Uma delas é o Programa Nacional de Redução dos Filas (PNRF), que entre março e outubro de 2023, realizou 350.225 cirurgias em todo o país, atingindo 72% da meta estabelecida. As regiões Nordeste e Sudeste foram responsáveis por 38% e 31% desse total, respectivamente. Para 2024, o investimento no programa foi ampliado de R$ 600 milhões em 2023 para R$ 1,2 bilhão, a fim de intensificar os esforços na redução das filas de espera. 2. Falta de equipamentos e tecnologia adequada O acesso desigual aos recursos tecnológicos em diferentes regiões do Brasil impacta a qualidade das análises clínicas. A falta de equipamentos modernos e com a manutenção em dia limita a capacidade dos laboratórios públicos e privados de realizar exames com a precisão, comprometendo a confiabilidade dos resultados e a eficiência no diagnóstico. O estudo do IEPS destacou que a distribuição desigual de serviços e equipamentos de saúde no Brasil reflete desigualdades históricas regionais, afetando principalmente áreas rurais e periféricas. Por outro lado, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), promovido pelo Governo Federal, busca modernizar laboratórios públicos e Instituições de Ciência e Tecnologia. Com mais investimentos, o programa visa fortalecer a infraestrutura do sistema, ampliar o acesso à saúde e garantir maior eficiência nos serviços prestados, especialmente em regiões vulneráveis. 3. Carência de profissionais qualificados O Brasil enfrenta uma escassez de profissionais de saúde, incluindo técnicos de laboratório e biomédicos, o que pode resultar em sobrecarga de trabalho para os que estão em atividade. A falta de pessoal qualificado compromete a excelência do atendimento e causa atrasos no processamento de exames, prejudicando a fluidez do trabalho nos laboratórios e a qualidade dos resultados. Ainda conforme o estudo do IEPS, a carência de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde em diversas regiões, especialmente nas áreas mais remotas ou periféricas, agrava as dificuldades de acesso e compromete a qualidade dos atendimentos no SUS. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) recomenda uma média de 3,73 médicos por mil habitantes. As regiões Norte e Nordeste do Brasil estão abaixo desse parâmetro, estabelecendo a necessidade de políticas públicas para equilibrar a distribuição de profissionais de saúde. Segundo dados da Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior – AMIES, o Estado do Maranhão registra 1,13 médicos por mil habitantes, um dos índices mais baixos do país, enquanto o Piauí apresenta 1,22 médicos por mil habitantes, evidenciando a escassez de profissionais na região. Para otimizar estes números, o Programa Mais Médicos, em 2024, registrou a incorporação de 6.729 novos profissionais, suprindo a demanda em áreas mais remotas. Apesar disso, a distribuição desigual entre as regiões ainda continua a ser um desafio significativo para o SUS. 4. Integração deficiente entre setores público e privado A integração entre os setores público e privado no Brasil enfrenta desafios significativos, segundo análise do portal Futuro da Saúde em 2024. O subfinanciamento específico do SUS e a ausência de governança eficaz comprometem a eficiência do sistema, resultando em lacunas de atendimento, especialmente para sociedades mais vulneráveis. A falta de regulamentações claras gera sobreposição de serviços, desperdício de recursos e dificulta o acesso equitativo à saúde em um cenário já marcado por desigualdades regionais. Durante o Congresso Nacional de Hospitais Privados 2024 (Conahp), especialistas apontaram a necessidade de redefinir o modelo de saúde brasileiro e fortalecer as parcerias público-privadas para melhorar o acesso e a qualidade dos serviços. Na análise, propostas como a criação de diretrizes claras para a atuação de cada setor e maior protagonismo do Estado na regulação são apresentadas como soluções para construir um sistema mais sustentável. Essa colaboração, se bem estruturada, pode reduzir ineficiências e ampliar o alcance dos serviços para toda a população. Impactos da falta de acesso à saúde A falta de acesso à saúde no Brasil gera uma série de impactos negativos que interferem na qualidade de vida dos cidadãos e no funcionamento do sistema de saúde na totalidade. A ausência de recursos e infraestrutura adequados limita o diagnóstico, o tratamento e a prevenção de doenças. Confira mais impactos: Aumento de doenças preveníveis A falta de acesso adequado à saúde resulta em uma maior incidência de doenças que poderiam ser prevenidas com diagnóstico precoce e tratamento adequado. Muitas condições de saúde se agravam devido à falta de acompanhamento regular e acesso a exames preventivos, aumentando a demanda por cuidados de saúde mais complexos e onerosos. Desigualdade no atendimento A desigualdade no acesso aos serviços de saúde, principalmente entre as regiões mais ricas e as mais pobres do Brasil, intensifica as disparidades na saúde. Populações em áreas periféricas ou rurais têm acesso restrito a médicos e exames, resultando em uma disparidade na qualidade do atendimento e nos resultados de saúde. Sobrecarga do sistema público A sobrecarga do Sistema Único de Saúde (SUS) ocorre devido à insuficiência de recursos e ao grande número de pessoas que dependem exclusivamente dele. Isso leva a uma escassez de atendimento, longas filas de espera e uma pressão insustentável sobre os profissionais de saúde, prejudicando a qualidade do atendimento oferecido à população. Maior custo para o sistema de saúde A falta de acesso à saúde básica e preventiva eleva os custos do sistema, já que as condições de saúde se tornam mais graves ao longo do tempo e exigem tratamentos mais caros. Com isso, os hospitais públicos e os serviços de emergência se sobrecarregam, aumentando os gastos do governo e comprometendo a eficácia do sistema de saúde como um todo. E como garantir o acesso à saúde? Garantir o acesso à saúde requer ações coordenadas entre governos, instituições privadas e a sociedade. É preciso ampliar a oferta de serviços de saúde de qualidade, priorizando a inclusão de grupos vulneráveis. Investir em parcerias com o SUS, oferecer planos de saúde acessíveis e promover ações educativas sobre prevenção são passos importantes. Além disso, adotar tecnologias que facilitem o agendamento e o acompanhamento de consultas e exames, bem como a capacitação contínua dos profissionais de saúde, contribui para uma maior agilidade no atendimento. Proporcionar atendimento humanizado e garantir que todas as pessoas possam acessar esses serviços deve ser prioridade. Gostou deste conteúdo? Então não perca o novo episódio do Health Ideas sobre “O desafio de transformação digital na saúde pública”, com especialistas discutindo o futuro da saúde: clique aqui e confira agora! Sobre a Pixeon Pixeon é a empresa brasileira com um dos maiores portfólios de softwares para o mercado de saúde. Nossas soluções atendem hospitais, clínicas, laboratórios e centros de diagnóstico por imagem, tanto em gestão (HIS, CIS, RIS e LIS), quanto no processo diagnóstico (PACS e Interfaceamento laboratorial), garantindo mais desempenho e gestão de alta performance em instituições de saúde. O software HIS/CIS para hospitais e clínicas, Pixeon Smart, é completo e integra toda a instituição em um só sistema, além de ser certificado no mais elevado nível de maturidade digital pela SBIS (Sociedade Brasileira de Informática em Saúde). Já são mais de 3 mil clientes no Brasil, Argentina, Uruguai e Colômbia e milhões de pacientes atendidos anualmente por meio das nossas plataformas. Quer saber se as tecnologias da Pixeon fazem tudo que você sempre quis para o seu hospital ou clínica? Solicite um contato comercial e surpreenda-se com tudo que nosso sistema de gestão é capaz! COMPARTILHE Comentários Deixe um comentário Cancelar respostaO seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *Comentário * Nome * E-mail * Site Salvar meus dados neste navegador para a próxima vez que eu comentar. Δ
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