Benefícios de um sistema de gestão de leitos

A gestão de leitos é um desafio comum nas instituições de saúde no Brasil. Gerenciar de forma adequada a capacidade de um hospital é imprescindível para evitar colapsos ocasionados por superlotações ou falta de insumos, por exemplo.

Nesse sentido, um dos objetivos centrais da gestão de leitos hospitalares é justamente reduzir o tempo médio de ocupação, de modo a otimizar recursos financeiros e promover uma reabilitação mais ágil para o paciente.

No entanto, essa tarefa exige um planejamento minucioso para trazer os resultados esperados. É aí que um sistema de gestão de leitos se torna peça-chave no processo de otimização dos atendimentos, tanto em nível administrativo quanto operacional.

É disso que falaremos neste conteúdo, mostrando como um sistema de gestão de leitos ajuda a ter mais controle sobre o fluxo de informações hospitalares e contribui para minimizar as chances de erro. Continue a leitura e conheça os benefícios dessa ferramenta.

O que é a gestão de leitos?

A gestão de leitos é uma tarefa administrativa relacionada à ocupação e provisão dos leitos hospitalares, ou seja, das camas que estarão disponíveis para os pacientes. A ideia é otimizar o tempo médio de ocupação para evitar a falta de leitos disponíveis.

Do mesmo modo, fazer uma boa gestão de leitos hospitalares envolve pensar em estratégias para não deixá-los ociosos, o que poderia gerar prejuízo para a instituição. Por isso, podemos dizer que o equilíbrio entre a ocupação e a provisão dos leitos precisa ser uma busca constante nas instituições de saúde.

Qual a importância desse processo?

O processo de gestão de um leito hospitalar é complexo e extenso, pois envolve desde a hora em que o paciente dá entrada no hospital até o momento em que ele recebe alta e desocupa o leito.

Ao longo desse processo, todos os departamentos devem estar muito bem alinhados para que a estadia do paciente seja satisfatória e para que ele se recupere o mais rapidamente possível. Administrativo, enfermagem, equipes médicas etc., todos os setores precisam estar alinhados e focados na cultura de segurança e bem-estar do paciente.

Afinal, uma boa gestão de leitos hospitalares depende da qualidade da assistência que é prestada ao paciente em toda a sua jornada clínica. Quanto mais bem assistido ele for, menor será o tempo de recuperação e, consequentemente, o tempo médio de ocupação do leito. Isso evita colapsos relacionados à superlotação ou baixa de insumos no estoque.

Portanto, podemos dizer que a importância da gestão de leitos hospitalares está diretamente relacionada ao financeiro da instituição e à mitigação de riscos aos pacientes. Quando a gestão de um leito hospitalar é efetiva, evitam-se prejuízos, erros clínicos e ociosidade elevada.

Veja o que incluir no seu planejamento estratégico hospitalar para otimizar sua gestão de leito e evitar falhas operacionais.

Como funciona a gestão de leitos hospitalares

O funcionamento da gestão de leitos hospitalares está relacionado ao equilíbrio entre a ocupação e provisão dessas unidades. Isto é, a gestão de leitos funciona como um recurso para organizar o fluxo de pacientes no hospital, de modo a definir prioridades de atendimento, humanizar os serviços prestados e otimizar o uso dos insumos hospitalares.

O fluxo de entrada de pacientes cirúrgicos, por exemplo, impacta bastante na gestão de leitos. Isso porque, conforme os atendimentos de emergência vão chegando ao hospital, os pacientes cirúrgicos ficam aguardando por mais tempo nos leitos, já que eles não são prioridades. Como resultado, a taxa e o tempo médio de ocupação acabam se elevando.

Então, se você está na dúvida sobre como deve ocorrer gestão de leitos, saiba que a organização dos fluxos de atendimento é a primeira coisa a ser pensada nessa tarefa. Isso pode ser feito por meio da análise do tempo dispensado pelas equipes em cada etapa dos atendimentos.

Assim, o gestor clínico consegue redirecionar sua força-tarefa de uma forma mais estratégica, reduzindo o tempo que os pacientes ficam aguardando nos leitos até receberem o encaminhamento adequado.

A análise de indicadores hospitalares é decisiva nesse processo, pois é o que permite identificar se existem gargalos da operação, como tempo médio de internação elevado ou desperdício de tempo no intervalo de limpeza dos leitos.

4 benefícios da gestão de leitos

Agora que você já compreendeu como funciona o processo de gestão de leitos hospitalares, vamos às vantagens de curto, médio e longo prazo que a sua instituição terá ao fazer um gerenciamento adequado.

1. Redução de custos e das chances de erros

A correta identificação de leito hospitalar, por exemplo, evita uma série de erros nas instituições de saúde, como administração inadequada de medicamentos, atraso no monitoramento do estado clínico do paciente ou mesmo ausência de equipes disponíveis em determinado horário para aquele atendimento.

Quando os leitos estão bem identificados, as equipes conseguem definir bem as prioridades da rotina hospitalar para prestar a devida assistência no tempo certo. Isso favorece a cultura de segurança do paciente e reduz custos relacionados a retrabalho e desperdício de insumos.

2. Humanização do cuidado dos pacientes

Esse benefício decorre justamente da organização da rotina médica. Quando os fluxos de atendimento estão bem estruturados, quando os leitos estão devidamente identificados e quando as equipes conseguem definir a ordem de prioridades em sua rotina, a humanização do cuidado é um resultado natural do processo.

Afinal, as equipes conseguirão aproveitar melhor o tempo operacional, de modo a redirecionar esforços para o cuidado centrado nos pacientes. Isso permite trabalhar de forma personalizada, individualizando cada jornada clínica para que o paciente se sinta amparado em todas as suas necessidades.

3. Aumento da produtividade das equipes

O aumento na produtividade das equipes também é decorrente do melhor aproveitamento do tempo operacional. Nesse sentido, destacamos também os benefícios que os sistemas digitais de gestão de leitos trazem para o dia a dia dos colaboradores.

Assim, além de ficarem mais produtivos, os colaboradores ficam também mais assertivos, já que a tecnologia evita que falhas humanas como esquecimentos ou distrações interfiram no atendimento aos pacientes.

4. Geração de indicadores confiáveis

Os sistemas de gestão hospitalares (também conhecidos como HIS) são imbatíveis também no trabalho com a inteligência de dados. Afinal, essas ferramentas estão o tempo todo coletando e estruturando os indicadores hospitalares para que os gestores possam tomar decisões mais fundamentadas.

Isso é essencial quando falamos do setor de saúde, que exige máxima confiabilidade e segurança nas demandas do dia a dia. Nesse âmbito, contar com uma base de indicadores sólida, centralizada e de fácil acesso faz toda a diferença para a qualidade dos atendimentos, para a agilidade nos processos decisórios e para a precisão nos diagnósticos.

Como melhorar a gestão de leitos?

Ao longo do conteúdo, você certamente já percebeu que o suporte tecnológico é um dos grandes aliados quando se trata de melhorar a gestão de leitos hospitalares. Como vimos, essas ferramentas atuam tanto em nível administrativo quanto operacional para manter as equipes sempre bem alinhadas e os pacientes sempre bem assistidos.

Por isso, se você ainda tem dúvidas sobre como deve ocorrer gestão de leitos em uma instituição de saúde, comece investindo em sistemas de gestão hospitalares para otimizar as tarefas do setor e, assim, reduzir o tempo médio de ocupação dessas unidades.

Alguns ganhos virão de imediato, outros em longo prazo, mas o mais importante é que você conseguirá fazer um gerenciamento adequado em termos objetivos (otimização de recursos) e subjetivos (humanização dos atendimentos), mantendo o compromisso da sua instituição em atender com excelência.

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