Medicina Integrativa: como ferramentas digitais podem apoiar as equipes? Por Pixeon e Boa Consulta em 13 de agosto de 2021 No Brasil, a medicina integrativa tem sido abordada em hospitais de referência como Sírio Libanês e Albert Einstein. Com a criação da PIC – Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, em 2006, também vem sendo adotada no SUS – Sistema Único de Saúde. Inclusive, a Organização Mundial da Saúde desenvolveu esse modelo buscando implantar procedimentos alternativos nos sistemas públicos de saúde. A medicina integrativa é adotada, principalmente, em áreas da oncologia, cardiologia, dores e pediatria, disponibilizando ao paciente tratamentos alternativos como: acupuntura, yoga, aromaterapia, fitoterapia, homeopatia, etc. Neste post, você entenderá como funciona, princípios que regem a prática, vantagens, como conectar uma equipe de medicina integrativa e, por fim, quanto custa implantá-la. Confira! O que é medicina integrativa? A medicina integrativa é caracterizada por uma equipe médica multidisciplinar que, de maneira integrada, realiza o diagnóstico do paciente com base em seus aspectos físicos, emocionais e mentais. Somente a partir dessa análise é que o médico adota um tratamento para a cura da doença. Segundo Paulo de Tarso Lima, essa prática tem como propósito “[…] que, juntos, médico e paciente tracem um plano de sobrevivência e busca de bem-estar e saúde, mesmo nos quadros mais graves”. Em linhas gerais, atua de modo preventivo e repressivo, trazendo metodologias da medicina convencional cumulada a tratamentos terapêuticos alternativos e complementares, que na maioria das vezes são terapias naturais. Adotar a medicina integrativa no processo de tratamento do paciente, com métodos preventivos e repressivos, proporciona melhora na qualidade de vida e no bem-estar do doente. Como funciona a medicina integrativa? A medicina integrativa se estrutura de maneira peculiar em relação à medicina convencional. Para tanto, possui um plano de desenvolvimento para a sua implantação em clínicas. Listamos alguns princípios presentes: 1. Planejamento estratégico É importante que os profissionais de saúde tracem um planejamento estratégico com base no estudo do paciente, identificando seu modo de vida e suas necessidades. O médico deverá verificar o histórico clínico do paciente e então solicitar os exames complementares que achar necessário para formar o diagnóstico. A partir disso, fatores biológicos e emocionais servem de diretriz para o diagnóstico e passam a compor o método de tratamento escolhido. Leia também Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP): vantagens para o atendimento e gestão de pacientes 2. Parceria entre médicos e pacientes Uma forte característica da medicina integrativa é a abertura para o diálogo. Ao agendar uma consulta com o seu paciente, o profissional deve direcionar perguntas sobre a sua vida, sua rotina, suas necessidades. Assim, promovendo o debate sobre o melhor caminho para o tratamento e estando aberto para ouvir a opinião do paciente. É importante que o paciente se sinta incluído durante todo o processo, desde o diagnóstico até o efetivo tratamento. A partir da utilização de conceitos testados cientificamente, o profissional de saúde deve oferecer um atendimento humanizado. 3. Terapia Natural Embora a medicina integrativa utilize métodos convencionais, o tratamento com métodos naturais deve ter o mesmo nível de prioridade. Isso porque a abordagem do plano de tratamento se baseia em fatores ambientais, sociais e genéticos que podem interferir tanto na enfermidade quanto na cura. A medicina integrativa como método de prevenção de doenças Em linhas gerais, o maior objetivo da medicina integrativa é promover a qualidade de vida e o bem-estar do paciente, seja qual for o nível de gravidade do caso. Desta forma, ao fazer o atendimento de um indivíduo que busca a medicina integrativa como ferramenta de tratamento ou prevenção de doenças, é preciso fazer uma análise detalhada e minuciosa de todos os aspectos funcionais do seu corpo, bem como os aspectos externos como níveis de estresse, ansiedade, medo, etc. Atuando de maneira preventiva, a medicina integrativa é capaz de prever futuros problemas. Por isso, o planejamento estratégico é de suma importância. A partir da análise profunda do paciente, estratégias de tratamentos são traçadas e com isso é possível estipular meios capazes de aliviar dores, curar doenças ou enfermidades. Com a diversidade de profissionais de saúde à disposição do doente, é possível ter mais eficácia quanto ao tratamento de doenças. Vamos a um exemplo. A pessoa procura sua clínica para relatar um problema com compulsividade alimentar. Através de sua equipe multidisciplinar, é feito o diagnóstico desse paciente, que tem traços depressivos. Nesse caso, o tratamento com psicólogos e psiquiatras, além de nutricionistas, vai à raiz da compulsividade. No entanto, se só se olhasse a compulsividade alimentar (sintoma), a depressão (causa) não seria tratada precocemente, o que, além de diminuir as chances de sucesso, poderia levar a outros problemas. Assim, a aplicação da medicina integrativa, no médio e longo prazos, leva a menor taxa de intervenção. Princípios da medicina integrativa 1. Foco na saúde integral, além da doença pontual As práticas da medicina integrativa visam o tratamento do indivíduo de maneira integral, pois consideram a doença um efeito, não a causa do estado de desequilíbrio do corpo. 2. Diálogo entre especialidades Na medicina integrativa, diferentes especialistas dialogam entre si, para entender como vários sintomas se ligam em causas-raízes. Assim, o paciente não fica sujeito à ida a vários especialistas cujas estratégias de tratamento não se conectam e, além disso, se acumulam. Um denominador comum é buscado, com tratamentos complementares. 3. Participação ativa do paciente na relação terapêutica A relação entre médico e paciente, na medicina integrativa, é baseada no protagonismo deste em relação à sua saúde, não apenas daquele. Ambos falam a mesma língua. Escolhas e planos de tratamento, portanto, são discutidos e desenhados em conjunto, numa abordagem transparente e esclarecedora. O paciente não sai do consultório com a sensação de que não entende a situação de sua saúde ou o motivo da indicação terapêutica. 4. Personalização do atendimento em saúde O rigor técnico e a medicina baseada em evidências, unidos a terapias alternativas com benefícios comprovados, são traduzidos em indicações adequadas à situação e necessidades do paciente, em uma abordagem individualizada. Dessa forma, a medicina busca humanizar protocolos. Vantagens da medicina integrativa Prevenção de doenças Menor índice de intervenções desnecessárias Otimização do atendimento Percepção individualizada do quadro clínico do paciente Colaboração entre equipes Maior nível de aderência a tratamentos Melhor relação médico-paciente Satisfação com o atendimento em saúde. Conectando todos os pontos na medicina integrativa Equipes de medicina integrativa são multidisciplinares por excelência. Por isso, a troca de informação e a manutenção de um histórico completo do paciente se torna um desafio da prática desse tipo de abordagem em medicina. Para que especialistas, avaliações clínicas e recomendações de todos se conectem, a substituição de prontuários físicos por prontuários eletrônicos, que centralizam o histórico e o tornam facilmente acessível, costuma ser necessária. Ferramentas digitais dão acesso, além disso, a informações como laudos e medicamentos. Além de garantir uma comunicação eficiente, o prontuário eletrônico traz benefícios como: segurança dos documentos: evita a troca ou perda de arquivos segurança de informação: arquivos só serão acessados por quem tiver autorização para isso, mantendo a privacidade dos dados menores gastos com armazenamento físico de prontuários eliminação do papel acesso remoto Qual o custo para implantar a medicina integrativa nas clínicas? A clínica que deseja adotar a medicina integrativa como tratamento alternativo e complementar deve ter em mente que o custo financeiro será alto. A medicina integrativa caracteriza-se pela amplitude de profissionais de saúde que ficam à disposição do paciente para tratá-lo por completo, analisando os diversos fatores que influenciam o bom desenvolvimento do corpo e da mente. O investimento em médicos especialistas, ambiente adequado e em equipamentos seguros e eficazes é essencial para o desenvolvimento da medicina integrativa. Integração de diferentes práticas por uma medicina só A medicina integrativa é referência no tratamento de vários pacientes que procuram um cuidado complementar e alternativo para a cura e prevenção de doenças. Nesse sentido, não há uma substituição ao tratamento convencional, pelo contrário, as medidas adotadas visam auxiliar os tratamentos tradicionais para a rápida melhora do paciente. É importante destacar ainda que os métodos aplicados encontram respaldo em evidências científicas, sendo, portanto, procedimentos seguros. A clínica que opta por oferecer esse tipo de serviço aumenta as chances de um tratamento bem sucedido e também garante a satisfação dos pacientes em relação ao atendimento. É imprescindível a humanização do atendimento na gestão médica. Quer saber mais sobre boas práticas para equipes multidisciplinares e ferramentas para gestão e organização de processos? Então, acompanhe as nossas publicações! 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