Radiologia hospitalar: como otimizar processos no CDI para atendimentos de urgência e internação Por Nactacha Chaves em 10 de junho de 2021 O Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI) é essencial para a maioria dos hospitais, principalmente para aqueles que possuem pronto atendimento e internação, pois operam 24/7. E entre as centenas de pessoas que procuram a emergência diariamente, uma grande parcela precisa fazer algum exame de imagem com o apoio da radiologia hospitalar. A equipe de radiologia de emergência deve, portanto, dispor das melhores técnicas e equipamentos para executar seu trabalho, e de soluções que facilitem suas atividades diárias para que, assim, as pessoas possam ser melhor cuidadas. Neste artigo, saiba como otimizar processos no CDI para atendimentos de urgência e internação, com uso de tecnologias de gestão e automatização. Leia também: Principais desafios da radiologia hospitalar A equipe de radiologia dos CDIs de hospitais atua não apenas na realização de exames e emissão de laudos, mas também em parceria com os médicos, orientando na escolha dos exames mais apropriados, apoiando em casos mais complexos e até no planejamento cirúrgico. Assim, numa instituição que não faz uso de sistema de gestão da radiologia informatizado, muitos são os desafios que os profissionais precisam enfrentar para cumprirem satisfatoriamente suas responsabilidades. Veja os principais desafios da radiologia hospitalar: 1) Grande volume de exames em papel À medida que um paciente permanece em internação, documentos médicos — como exames e laudos — vão sendo adicionados ao prontuário. Essa prática, no entanto, exige não apenas espaço para armazenamento dos arquivos — que em alguns casos precisam ser preservados por 20 anos —, como atenção dos profissionais no manuseio destes. Leia também Por quanto tempo preciso guardar os exames de pacientes? 2) Localizar documentos e exames dos pacientes Quanto maior o volume de documentos e exames em papel, mais difícil de localizá-los. E essa dificuldade se estenderá a toda equipe envolvida no cuidado ao paciente — que deve ser tratado com prioridade numa emergência —, inclusive na radiologia, dificultando por exemplo, uma análise comparativa com exames anteriores. 3) Atraso na entrega de laudos Em muitos hospitais é comum que o CDI atenda a demandas internas — originadas no Pronto Atendimento, na Internação ou diretamente da UTI — e também externas, agendadas diretamente no próprio centro de diagnóstico por imagem. Os atrasos na entrega acontecem porque os pacientes do hospital — que têm mais urgência em relação aos eletivos —, não têm seus laudos liberados antes. Portanto, com um volume grande de exames, é importante gerir as demandas por prioridades, para que o fluxo do hospital não seja impactado e os pacientes não fiquem esperando.Leia também: Diagnóstico por imagem: 5 recursos para otimizar o trabalho do radiologista 4) Demora para receber os resultados A falta de um fluxo informatizado também impede a priorização de exames a serem realizados nos pacientes do hospital. É comum que uma pessoa, depois de retornar do exame, precise aguardar muitas horas pelo resultado. Portanto, se o diagnóstico por imagem é essencial para os hospitais, os gestores precisam buscar soluções para otimizar os processos no CDI. Com isso, médicos e radiologistas ganham em produtividade e é possível oferecer um atendimento humanizado, muito mais próximo e empático. Como a tecnologia pode otimizar os processos na radiologia hospitalar Ao contrário do que alguns acreditam, a tecnologia não distancia o médico do seu paciente, mas contribui para que os hospitais aumentem sua eficiência e possam salvar vidas. Isso porque as ferramentas melhoram a gestão das organizações e aumentam a precisão dos diagnósticos, cirurgias e tratamentos. Veja como a tecnologia pode otimizar os processos na radiologia hospitalar nas diferentes etapas da jornada do paciente: Leia também: Como ganhar produtividade no fluxo de laudos radiológicos? 1) Pronto atendimento Com um sistema PACS (Picture Archiving and Communication System) integrado ao RIS (Radiology Information System), é possível automatizar todo o processo de gestão do CDI, eliminar o trânsito de exames físicos e as atividades manuais. Com essas soluções, o processo de encaminhamento do paciente para a realização de um exame de imagem, é muito mais rápido e eficiente. O sistema organiza filas de trabalho por prioridade e até pode fazer ajustes para atender protocolos críticos, como o de AVC, por exemplo. Além disso, é possível ter uma visão exata de onde está o paciente e quais exames ele ainda realizará. 2) Realização do exame e dos laudos da radiologia hospitalar O PACS em conjunto com a Central de Laudos, simplifica o trabalho dos radiologistas, especialmente em plantões durante a madrugada e fins de semana. O sistema sinaliza quais exames são prioritários para que pacientes de maior urgência possam ser atendidos primeiro. Portanto, toda a fila de trabalho é organizada, o que acelera o fluxo da radiologia e a entrega dos resultados. Para dar suporte aos diagnósticos, os radiologistas também podem aproveitar uma outra tecnologia: a biblioteca virtual de imagens, uma solução integrada ao PACS que possui milhares de imagens para comparativos com diagnósticos, calculadoras e outras ferramentas auxiliares, além de inúmeros diagnósticos diferenciais. Assim, pode-se consultar uma fonte única e confiável, sem perder tempo em buscas na internet. Por fim, outra vantagem da Central de Laudos e do PACS é a capacidade de ampliação para a Telerradiologia, prática muitas vezes adotada por hospitais que não contam com um radiologista in loco no CDI. Saiba mais: Central de Laudos Radiológicos: ferramentas que potencializam o atendimento 3) Acesso aos laudos Em instituições sem sistemas de gestão integrados, um paciente pode aguardar muitas horas para receber um laudo. Com o PACS e a Central de Laudos, esse período de espera é reduzido, pois todas as imagens dos exames são armazenadas e disponibilizadas para visualização no próprio PACS. Dessa forma, o médico pode conferir as imagens a partir de sua própria estação de trabalho ou de qualquer setor do hospital com acesso ao sistema. Se o médico solicitante só desejar, por exemplo, confirmar uma suspeita de fratura, ele pode entrar em contato com o radiologista para ver se a hipótese se confirma, e solicitar a emissão de um laudo provisório. Com isso, o atendimento ao paciente pode continuar com mais rapidez. 4) Ida ao centro cirúrgico O PACS e a Central de Laudos integrados ao sistema do hospital, permitem que todos os profissionais autorizados possam conferir as imagens e os laudos. Isso é particularmente importante para a equipe do centro cirúrgico, que pode se preparar para receber um paciente rapidamente, sem que o mesmo tenha que esperar o recebimento de um laudo para então ser encaminhado à cirurgia. Aliás, os médicos cirurgiões podem contar ainda mais com o apoio da equipe de radiologia quando adotada a solução de processamento avançado de imagens. Essa ferramenta amplia a capacidade de realização de exames complexos e possui diversas funcionalidades para ajudar no planejamento cirúrgico, principalmente em casos de próteses, cirurgias cardíacas e oncológicas. Ferramentas avançadas de processamento de imagens podem, por exemplo, auxiliar em cirurgias complexas como a retirada de tumores com o mínimo de comprometimento do órgão afetado. Confira: TeraRecon: a nova parceira Pixeon para visualização avançada de imagens 5) Resultados on-line Quando o paciente recebe alta mas precisa dar continuidade ao tratamento, é necessário disponibilizar o seu prontuário eletrônico. Isso facilita o trabalho do especialista que vai acompanhá-lo. A solução que viabiliza isso é o Portal do Paciente, acessível por um navegador web.Como você pôde acompanhar, ao implantar soluções como o PACS e a Central de Laudos para gerir os exames do CDI, há mais distribuição interna de imagens e documentos, e os processos do pronto atendimento são otimizados, assim como o cuidado aos pacientes. Para você compreender melhor como os softwares atuam na radiologia de emergência, preencha o formulário para receber o Guia “Automação da jornada do Centro de Diagnóstico por Imagem para hospitais” e veja quais soluções apoiam a otimização do CDI! Sobre a autora Nactacha Chaves é analista de produtos responsável pela gestão do portfólio da Pixeon para hospitais e clínicas. Possui ampla experiência em desenvolvimento de softwares e gestão de projetos. Acredita que o grande propósito da tecnologia é ajudar a melhorar a vida das pessoas. É fascinada pela área da saúde e acompanha assuntos relacionados aos avanços das tecnologias para a saúde. 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