TISS e TUSS: vantagens para as instituições de saúde Por Pixeon e Boa Consulta em 17 de agosto de 2021 Só há entendimento pleno quando todos falam a mesma língua. Mas por muito tempo essa máxima não valeu na comunicação entre operadoras, serviços de saúde e pacientes, que era uma verdadeira torre de Babel. Cada operadora usava um formato de arquivo diferente, com informações e termos diferentes, gerando falhas que atrasavam autorizações ou o faturamento. Para padronizar a comunicação entre esses agentes, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) estabeleceu o padrão TISS (Troca de Informações na Saúde Suplementar) e a TUSS (Terminologia Unificada da Saúde Suplementar). Obrigatórios, os protocolos determinaram a estrutura de documentos de atendimentos em saúde e a nomenclatura, ou seja, a sintaxe e a semântica da língua dos agentes de saúde. Com isso, a Agência buscou garantir celeridade de autorizações para beneficiários e, para instituições de saúde, um controle maior sobre as operações realizadas com os convênios, reduzindo as glosas por erros das codificações e nomenclaturas dos procedimentos médicos. Porém, se TISS e TUSS padronizaram a gramática normativa (o que é muito!), eles não trouxeram a garantia de que os falantes dessa língua a usam corretamente nem o veículo pelo qual essa mensagem transita de um ponto para outro da cadeia. Garantir a correta aplicação das normas fica a cargo de cada serviço de saúde. Então, este é nosso tema neste artigo. Para começar, falamos sobre como funcionam essas normas. Depois você verá como otimizar a codificação dos processos realizados com o auxílio de ferramentas de gestão. O que é TISS? Uma das principais diretrizes da criação do padrão TISS, regulado na Resolução Normativa n° 305/2012, é: […] a redução da assimetria de informações para o beneficiário de plano privado de assistência à saúde. Art. 2° da Resolução Normativa Nº 305/12. Para isso, a ANS — juntamente com o Ministério da Saúde — estabeleceu o fluxo e o modelo da troca de informações entre operadoras dos planos de saúde privada, prestadores de serviço de saúde, ANS, contratantes e beneficiários, para fins de verificação, solicitação, autorização, cobrança, demonstrativos de pagamento e recursos de glosas. Na prática, o padrão TISS é um layout de documento com todos os campos que devem ser preenchidos por quem o emite. Há diferentes modelos de acordo com a finalidade: guia de consulta médica, guia de solicitação de serviços profissionais (SP/SADT) guia de solicitação de internação guia de resumo de internação guia de honorário individual guia de tratamento odontológico demonstrativo de pagamento guia de recurso de glosa. A geração da guia de acordo com o padrão TISS é muito parecida à das notas fiscais eletrônicas, e o arquivo gerado também é padronizado em XML assinado digitalmente. O fluxo de uma guia padrão TISS começa no serviço de saúde, que gera o documento e o encaminha para a operadora, para execução da ação administrativa. Depois, a operadora envia a guia para a ANS, com o fim de informação e acompanhamento. Sendo assim, utilizando uma analogia, podemos dizer que o padrão TISS é a sintaxe, isto é, as regras da comunicação. Mas além das regras, é preciso um dicionário que contenha os termos utilizados para tornar essa comunicação significativa: então chegamos ao conceito de TUSS. O que é TUSS? A TUSS é um instrumento que estabelece um padrão para facilitar a identificação de procedimentos médicos. Nesse sentido, ela ajuda os serviços de saúde a preencher guias no padrão TISS. Há alguns anos, quando não havia essa padronização, um simples raio-x podia ter um código para o convênio X e outro para o convênio Y, além de diferentes variações das nomenclaturas – uma verdadeira confusão! Para resolver o problema, a ANS criou a TUSS, que prevê uma tabela com códigos e nomenclaturas para utilização dos convênios no momento de autorizar ou cobrar os exames. São quatro categorias da TUSS: Diárias e taxas Procedimentos clínicos-ambulatoriais Materiais e medicamentos OPME. É a ANS que determina a TUSS, a relação de códigos e as nomenclaturas adotadas para cada tipo de exame, atualizando a tabela conforme seja necessário. Para isso, a Agência conta com o auxílio de instituições de referência para realizar as mudanças pertinentes que cabem ao COPISS (Comitê de Padronização das Informações em Saúde Suplementar). Ainda que existam algumas exceções a essa padronização (como os códigos não previstos e pacotes de cobranças com códigos próprios dos convênios), a maioria dos procedimentos realizados hoje no Brasil já atende ao padrão TUSS. Porém, qualquer código estabelecido por conta própria por uma operadora deve ser comunicado à ANS, que o incluirá na TUSS. Assim, mesmo que a operadora tenha uma tabela própria, uma vez que o código for previsto na TUSS, ele não poderá ser mantido nela. Benefícios do padrão TISS e da TUSS para instituições de saúde Como falamos no início deste artigo, padrão TISS e TUSS vieram para que todos os agentes do setor falassem a mesma língua, no mesmo formato. Essa estandardização trouxe inúmeros benefícios, como: redução de erros redução de glosas hospitalares redução de fraudes redução de discordância de informação simplificação da comunicação interoperabilidade entre sistemas redução significativa no uso de papel agilidade no processamento de ações administrativas como autorização e faturamento de procedimentos. Facilidade na geração de guias padrão TISS: como os sistemas digitais ajudam Se com o padrão TISS e TUSS temos a sintaxe e a semântica, falta-nos ainda um meio que garanta que não haverão erros no seu uso. Como dar facilidade e inteligência ao processo de registro e repasse de informações e garantir que ele seja feito da forma correta? Para isso, você pode contar com a ajuda da tecnologia, já que toda a troca de informação se dá no meio eletrônico. Em conformidade com todas as exigências de padronização e integração da ANS, sistemas de gestão que reúnem os dados do registro eletrônico — como o LIS, HIS e o RIS — podem automatizar o processo de emissão e conferência das guias TISS. Além disso, normas internas podem ser configuradas. Outra vantagem é que, nesses sistemas, o módulo para geração de guias TISS é atualizado de acordo com as mudanças da ANS, evitando erros oriundos de modelos desatualizados. Para uma clínica ou hospital que realiza um elevado número de atendimentos por convênio médico, a automatização e a terceirização das atualizações são muito úteis, visto que evitam as glosas médicas causadas por erros de preenchimento. Com esse recurso tecnológico, a sua instituição pode atuar com maior segurança e eficiência no registro, na manipulação de informações e no faturamento de procedimentos realizados por meio de convênio médico e que devem seguir o padrão TISS. Comunicação facilitada pela tecnologia Como vimos, TISS e TUSS são normas obrigatórias para padronização e organização dos sistemas de cobrança dos convênios. Elas são responsáveis por uma mudança substancial na comunicação entre os entes de saúde, que beneficiou todos, principalmente contratantes e beneficiários de planos. Só que, para garantir a segurança e a eliminação de erros, evitando sanções administrativas que podem chegar a R$35 mil, adotar sistemas de gestão como o LIS, HIS e o RIS será uma vantagem adicional relevante. Acompanhe o nosso Blog e saiba mais sobre otimizar processos e aperfeiçoar o atendimento médico nos centros hospitalares. COMPARTILHE Comentários Deixe um comentário Cancelar respostaO seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *Comentário * Nome * E-mail * Site Salvar meus dados neste navegador para a próxima vez que eu comentar. Δ
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