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O desafio de transformação digital na saúde pública

Por Equipe Pixeon em 30 de setembro de 2024

Não é de hoje que a transformação digital na saúde pública vem revelando suas vantagens. A cultura data-driven e a telemedicina, por exemplo, revolucionam os diagnósticos e tratamentos na saúde pública.  

 Isso porque a análise de dados contribui para melhorar os processos e proporcionar atendimentos personalizados. Por outro lado, a telemedicina reforça a importância da tecnologia em circunstâncias específicas, como o atendimento aos pacientes em áreas remotas.

Porém, ainda que a transformação digital na saúde pública seja visível, há muitos desafios a serem superados. A seguir, entenda mais sobre o cenário brasileiro e o que esperar do futuro digital na área da saúde.

Transformação digital na saúde pública: panorama atual

A transformação digital na saúde pública tem como objetivos principais otimizar a qualidade da assistência e ampliar o acesso aos serviços. Na prática, isso se traduz em diagnósticos mais eficientes, agilidade nos atendimentos e monitoramento da saúde do indivíduo de maneira integral.

Uma medida que impulsionou o uso de tecnologia nas unidades Básicas de Saúde (UBS) é a obrigatoriedade de adotar o novo Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), em vigor desde 2017.

Os números quanto ao PEC até que são positivos. Em 2023, os dados do Ministério da Saúde mostram que 77% dos municípios usam este recurso, enquanto 19,2% utilizam sistemas próprios e 3,8% não usam um prontuário eletrônico. 

Outro ponto importante é a criação da Secretaria de Informação e Saúde Digital, que se responsabiliza pelo apoio ao planejamento, uso e incorporação de produtos e serviços de tecnologia.  Tecnologias como teleconsultas, prontuários eletrônicos e plataformas de monitoramento remoto se tornaram essenciais, especialmente após a pandemia da COVID-19.

Esses são passos para a transformação digital na saúde pública, mas será que já superamos os desafios?  A resposta é: ainda não. Existem muitas barreiras a serem vencidas quando o assunto é transformação digital na saúde pública. 

Evoluímos muito ou não? Desafios da transformação digital na saúde pública

Embora os avanços sejam notáveis, ainda há um longo caminho a ser percorrido para que os benefícios da transformação digital sejam plenamente aproveitados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Entre os desafios no cenário brasileiro, podemos destacar: 

Desigualdade geográfica 

A Demografia Médica de 2024 mostra que o Brasil conta com 575.930 médicos ativos. Isso equivale a 2,81 profissionais por mil habitantes, uma das maiores proporções registradas no país.

No entanto, o Conselho Federal de Medicina (CFM) destaca que a distribuição ainda é desigual. A maioria dos médicos prefere se instalar nas regiões Sul, Sudeste e nas capitais, devido às condições de trabalho.

Desse modo, nota-se a falta de investimento, vínculos precários de emprego e ausência de perspectivas nos demais estados. O Sudeste conta com a maior densidade e proporção de médicos, 3,76 por mil habitantes.

Em contrapartida, o Norte possui a menor proporção de médicos, chegando a 1,73 por mil habitantes, número bem abaixo da média nacional.

Infraestrutura e falta de interoperabilidade dos dados

A infraestrutura de TI é um obstáculo significativo, especialmente em áreas remotas, exigindo investimentos em sistemas de registro eletrônico de saúde

Áreas rurais e populações de baixa renda geralmente têm menos acesso à internet, o que exclui esses grupos dos benefícios da saúde digital.

Como consequência, a falta de padronização nos sistemas eletrônicos de prontuários dificulta a interoperabilidade dos dados, impedindo o compartilhamento fluido de informações entre diferentes instituições. 

Essa fragmentação dificulta o acompanhamento do histórico médico do paciente, prejudica a qualidade do cuidado e impede a análise abrangente de dados para embasar políticas públicas. 

Segurança de dados

A coleta, armazenamento e compartilhamento de dados de saúde exigem medidas robustas de segurança para garantir a privacidade dos pacientes e evitar vazamentos de dados.

No Brasil, temos a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) que dispõe sobre o tratamento de dados pessoais. 

A LGPD na Saúde ainda exige adaptações importantes das instituições, como revisão e atualização de políticas internas, treinamento de funcionários e melhoria da infraestrutura tecnológica. 

O setor de saúde conta com medidas específicas para proteção dos dados de pacientes, como o armazenamento exigido de 20 anos. No entanto, há outras questões que só a LGPD complementa e precisam ser aplicadas, como a solicitação do consentimento informado sobre a manipulação dos dados.

Ou seja, é preciso obter a permissão explícita dos pacientes sobre a coleta dos seus dados. O software médico de gestão deve registrar o consentimento e permitir a revogação do mesmo em qualquer momento.  Além disso, é preciso garantir que os sistemas utilizados sigam a LGPD e tudo seja registrado em contrato

Assim, é possível aumentar a segurança da manipulação dos dados e reduzir o risco de ataques cibernéticos.  Afinal, é de responsabilidade da instituição de saúde garantir o cumprimento da LGPD e proteger os dados dos pacientes, respondendo criminalmente em casos de vazamentos de informações.  

Sem contar que, diante de uma situação como essa, o hospital, clínica ou laboratório perderá sua credibilidade perante o público. 

Baixe agora: [Infográfico] Como a tecnologia garante a segurança do paciente?

O que podemos esperar do futuro? 

O estudo da Deloitte prevê que, até 2040, a ênfase do setor se deslocará do tratamento de doenças para a promoção da saúde e do bem-estar individual, com foco na detecção precoce, na intervenção proativa e na personalização do cuidado.

A análise de dados ganha destaque, pois, favorece a intervenção proativa e antecipada no diagnóstico de doenças, facilitando o tratamento e demais ações de cuidado com o paciente.

Outro foco importante são as plataformas interoperáveis, que permitem o compartilhamento seguro de informações com sistemas de outras instituições. 

Além disso, empresas inovadoras assumirão novos papéis na economia da saúde, gerando 85% da receita do setor. Diversas tendências já estão em curso e devem se intensificar nos próximos anos, entre elas podemos destacar:

  • Telemedicina; 
  • Inteligência Artificial (IA) a serviço da saúde;
  • Big data e análises preditivas;
  • Dispositivos com internet das coisas (IoT);
  • Ferramentas digitais para pacientes;
  • Sistemas eletrônicos para gestão de exames.

Se você quer entender mais sobre o tema e descobrir como a transformação digital está presente na saúde pública, baixe o Checklist — Futuro da saúde: quais as prioridades para as instituições nos próximos anos?

Sobre a Pixeon  

Pixeon é a empresa brasileira com o maior portfólio de softwares para o mercado de saúde. 

Nossas soluções atendem hospitais, clínicas, laboratórios e centros de diagnóstico por imagem, tanto em gestão (HIS, CIS, RIS e LIS), quanto no processo diagnóstico (PACS e Interfaceamento laboratorial), garantindo mais desempenho e gestão de alta performance em instituições de saúde. 

O software HIS/CIS para hospitais e clínicas, Pixeon SMART, é completo e integra toda a instituição em um só sistema, além de ser certificado no mais elevado nível de maturidade digital pela SBIS (Sociedade Brasileira de Informática em Saúde). 

Já são mais de 3 mil clientes no Brasil, Argentina, Uruguai e Colômbia e milhões de pacientes atendidos anualmente por meio das nossas plataformas.   Quer saber se as tecnologias da Pixeon fazem tudo que você sempre quis para o seu hospital ou clínica? Clique aqui e solicite um contato comercial e surpreenda-se com tudo que nosso sistema de gestão é capaz!

 

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